quarta-feira, 20 de maio de 2009

Seja Ridículo!

Se hoje eu lhe pudesse dar um conselho, pediria a você para ser ridículo. Ridículo mesmo, sempre e um pouquinho mais. Não existe pessoa melhor do que aquela que se permite fugir da razão, às vezes. Sorrir sem um puto no bolso. Ser do contra só pelo prazer de ser. Há quanto tempo você ensaia sorrisos burocráticos em todas as fotos? Ridículo ao ponto de acreditar nas pessoas, de ter fé para esperar dos outros sempre o melhor. Imagine bancar o idiota e não saber de cor o hit do momento, se confundir no nome do novo galã das 9, não ir na festa do momento. Seria demais? Seria muito ridículo e brega pedir a você para ficar em casa em uma sexta-feira a noite e pôr seus pais a par da sua semana? Não quero ser o retrato falado da mesmice. Eu não sou o meu vizinho. Vou ser ridículo para não saber o que vem depois do verbo querer. Ridículo ao ponto de ser eu mesmo, só para sacanear. Ou então, cantar bem alto quando perceber que o mal sempre vai existir, protestar contra a inércia de sentimentos bons, me arriscar a ser completamente plausível em ações contraditórias! Buscamos ser compreensíveis quando na verdade o ser humano é antítese pura. Ridículo a pensar (e rezar) para que eu não seja o único, e pedir justiça em um mundo onde todos se julgam, perfeitamente sãos. Nunca um defeito foi tão qualidade. - 




Guilherme Vilaggio Del Russo

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Como será o amanhã?

Para onde iremos depois do amanhã?
Será... que levaremos nossas paisagens secretas, nossos sonhos mais íntimos?
O que faremos com tantas informações, com tanta matéria guardada?
Porque estamos numa corrida louca contra o tempo e a necessidade de acumulo... torna-se cada vez maior. Sempre temos pouco. Sempre queremos mais. 
E queremos mais amor, mais ser amados do que amar, mais objetos de uso pessoal, maior espaço no lar, nos empreendimentos, nos relacionamentos, nas amizades...
O que queremos realmente ser depois do amanhã?
Um projeto do que já somos?
Será que progredimos mais do que erramos ou essa parte no jogo da vida pulamos?
Porque não estamos vendo as verdades simples, que nos impulsionam a compreensão? Verdades para considerações universais... verdades transparentes e que nos trazem a exaltação a humildade, como fonte de desprendimento da matéria e de alternativa para a atmosfera cristã.
Será por medo de correr riscos, será porque vemos mais distâncias do que elas, realmente existem?
Nossas atitudes dizem o que há dentro de nós. Porém nossas falas nem sempre.
Porque podemos estar sendo enganados pelo nosso próprio pensamento.
O que de fato estamos nos tornando? 
Filhos de Deus é o que já somos. Porque nascemos com essa finalidade. Mas porque a omissão quanto aos caminhos imperativos da fé?
Porque negligenciamos a experiência com Deus, já que ele é o que há de mais real e nobre?
Ultimamente estamos mais ligados à atualidade, do que na eternidade. Mas a atualidade não irá proporcionar acréscimos na filosofia da fé. Não suprirá a alma de satisfação e nem irá cultivar o equilíbrio para o espírito. 
Porém a eternidade classifica o céu dentro de um coração ardente pelo divino. Aquele coração que corresponde ao chamado da paz, no misterioso encontro do amor.
A eternidade engendra virtudes que favorecem a cultura da sabedoria. É o cabedal por aonde o céu vai se integrar ao homem e torná-lo semelhante a Deus. 
Nossa mentalidade pertence à mesma ordem do perene anseio do infinito ou as sórdidas questões terrestres?
Qual o dístico entre essas duas realidades?
Porque o que é necessário para a essência do ser, é conhecer a verdade sobre si mesmo. E ter consciência de que tem defeitos e qualidades, mas que também é dotado de aperfeiçoamentos. Podendo executar retornos todo o tempo.

Tenho certeza de que ainda encontraremos o objetivo similar ao nosso elo.
E que o céu tenha paciência de nos esperar!
Por---Silvana Incerpi